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O cerco ao dinheiro aplicado no exterior fora do alcance do Fisco está se fechando.

No Brasil, a expectativa da troca automática de informações somou-se à ansiedade com a MP 627, que virou lei neste ano. Os artigos sobre tributação da pessoa física ficaram de fora, mas restou a expectativa de que as "offshores" - empresas montadas para investir no exterior - percam a vantagem de postergar o pagamento de Imposto de Renda para o momento em que o recurso passar da pessoa jurídica para a pessoa física. Com isso, do ponto de vista fiscal, os fundos de investimento se tornariam mais atraentes que a estrutura "offshore".
As maiores consultorias globais buscam estruturas alternativas para atender brasileiros preocupados com as novas regras. "Dois anos atrás, eu tinha um cliente ligando do Brasil a cada trimestre. Agora, tenho um por semana", diz Nilton Constantino, diretor da KPMG em Luxemburgo, país que reúne 149 bancos de 27 países e tem € 300 bilhões sob gestão no "private banking", o equivalente a 6% do segmento no mundo.
Fonte: Valor Econômico.