A Corte de Apelação de Bolonha, na Itália, decidiu nesta quinta-feira adiar o julgamento do pedido de extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão a 12 anos e 7 meses de reclusão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
Uma nova audiência foi marcada para o dia 28 de outubro. Até lá, Pizzolato permanece preso. Três juízas compõem a sessão criminal responsável pelo caso. Segundo informações da Procuradoria-Geral da República brasileira, o Ministério Público italiano, representado por dois procuradores, manifestou posição favorável à extradição.
A razão do adiamento, segundo o advogado de Pizzolato, foi a falta de informações sobre presídios brasileiros que poderiam receber o réu. A defesa de Pizzolato tem enfatizado fortemente a situação dos direitos humanos no Brasil para evitar a extradição. Representantes da Procuradoria-Geral da República, da Advocacia-Geral da União e do Ministério da Justiça do Brasil estavam na audiência.
A defesa pediu para juntar ao processo o texto integral do acórdão do mensalão, traduzido para o italiano. Mas a corte considerou suficiente a remessa da parte da decisão do STF relacionada a Pizzolato, como defendido pelo Brasil. Pizzolato chegou à corte em um furgão da polícia, que tinha os vidros cobertos por cortinas. Vestindo uma camisa xadrez azul, o ex-diretor do BB foi levado à sala onde ocorreu a audiência.
Pizzolato foi o único condenado no mensalão a fugir do Brasil. Ele foi localizado pela Interpol em Modena, na Itália, e está preso desde o dia 5 de fevereiro aguardando o julgamento do pedido de extradição feito pelo Brasil.
Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato foi o único condenado no julgamento do mensalão a fugir do Brasil.
A defesa de Pizzolato tem enfatizado fortemente a situação dos direitos humanos no Brasil para evitar a extradição. Representantes da Procuradoria-Geral da República, da Advocacia-Geral da União e do Ministério da Justiça do Brasil estavam na audiência.
Fonte: Valor Econômico.